segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

erros por defeito

Há um momento certo para cada coisa. Pode ser um determinado período da vida ou um segundo exacto. O problema surge quando esse momento passa... e todas as oportunidades irreversivelmente desaparecem...



E eu deixo que todos aqueles segundos decisivos passem... Não por querer... Que eu quero É sempre tarde de mais...



quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Precisamos...

Precisava de alguém que olhasse para as minhas cicatrizes e nódoas negras e me visse...

Não precisamos todos? De alguém que nos VEJA? Que não se limite a olhar, mas que nos veja como nós somos e nos faça sentir completos? Aquele olhar que diz tudo, que compreende, que vê, o fundo da nossa alma, que aceita (os defeitos e o mais negativo), que nos assegura, que nos faz companhia, que nos ama como nós somos.

Todos precisamos deste olhar.

Podemos encontrá-lo num(a) amigo(a) especial e verdadeiro, num membro da nossa família... Contudo, continuamos a necessitar de o encontrar noutras pessoas, nas nossas pseudo "caras metade"...

E quando o encontramos, como sabemos que não é só na nossa cabeça?
É nesta altura que devemos arriscar tudo?
E não é mesmo só na nossa cabeça?



" Diz que tenho sal..."

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Pessimista

Não, prefiro realista. Se nos prepararmos para o pior, tudo o que vem a mais é bom, surpreende, deixa-nos felizes.

Eu não sou pessimista. Sou realista.

Vivemos no mundo do agora, do já, do eu, das minhas coisas, dos meus problemas. Há o medo do compromisso, da entrega a alguém, de arriscar. E se nos magoamos de mais?

Procuramos causas para a nossa decepção. Eu sou complicada. Eu não sou bonita. Eu sou gorda. Eu não tenho isto ou aquilo. Eu sou um desastre. Eu sou um caos. Eu sou desorientada, nunca sei de nada. Eu sou atrasada. E um sem número de tantas outras.

Eu sou isto tudo e muito mais. Eu estou longe da perfeição e não procuro a perfeição. Procuro quem veja e aceite todo o pacote, como ele é, sempre sujeito a alterações...

Eu sei que não vai acontecer, mas tenho pena do hipotético desgraçado!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Era uma vez...

Era uma vez uma princesa, presa numa torre bem alta e inalcançável. A princesa podia sair, mas quando isso acontecia transformava-se num dragão e ninguém conseguia ver a princesa por trás do dragão. Então, entre ficar presa na torre sem que ninguém a notasse ou mover-se entre as pessoas e afugentar todas as criaturas, a princesa prendeu-se a si própria na alta torre.

Um dia, um belo príncipe que passava viu a princesa. Não viu a torre nem o dragão, apenas a princesa. Mas a maldição da princesa não foi quebrada... Se algum deles desse um passo em frente para se aproximar do outro e o seu amor não fosse puro, o outro ficaria para sempre preso na alta e inalcançável torre. Como em todos os contos de fadas, só o amor puro quebraria a maldição.

Então, a princesa transformou-se em dragão para salvar o príncipe que viveu feliz para sempre com outra princesa não amaldiçoada. E a princesa?... A princesa tornou-se invisível aos olhos de todos, condenada a vaguear errante entre a solidão da multidão humana...

To be continued?...

Recados*

Hoje estavas particularmente giro. Foi como se te tivesse visto pela primeira vez.
O cabelo desalinhado, a barba por fazer, o olhar verde imenso e profundo. O olhar... Perco-me sem dar conta nesse olhar. Vazio e cheio. Zangado e brincalhão. Engraçado e sério.
Primeiro estavas calado e concentrado mas depois já estavas alucinado e doido, como nunca te vi.
Gostei (ou gosto?).


* para ninguém em particular

Fever

O príncipe encantado

O príncipe encantado é aquele que nos faz sentir uma verdadeira princesa só com um olhar, sem ser necessária uma só palavra...

O problema é sempre o mesmo: a bruxa má, o dragão, um feitiço... depende do conto que quisermos viver. Só que isso era no tempo do "Era uma vez..."; nos tempos de hoje, em que há a chamada igualdade de direitos (não discordo disso, longe de mim, mas por vezes é mal interpretada e levada a extremos) a mulher encarna o papel da bruxa má e o da princesa ao mesmo tempo... Por um lado, a princesa encanta o príncipe e, por outro, torna-se o dragão que protege e afasta a princesa do seu príncipe. Dantes a princesa era afastada do príncipe e guardada pelo dragão com o qual o príncipe tinha que lutar para a conquistar, agora o príncipe tem que "lutar" com a própria princesa, que se guarda a si própria, como um dragão, para que não a magoem. E o problema torna-se outro... os príncipes, para além de já não estarem habituados a lutar por nada, só vêem o dragão e não a princesa que o dragão guarda... privando-se do gosto da luta e do prémio recompensador e condenando a princesa a uma vida de solidão...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

(Ainda) os Princípes de Encantar

Eu no fundo, no fundo acredito que há uma pessoa certa para cada um de nós.
Não tive foi a "sorte" de a encontrar ou se a encontrei deixei-a escapar; mas acho que se a tivesse encontrado saberia reconhecê-la, ou não?

Essa pessoa certa não tem que se um príncipe de encantar, mas acaba por o ser. Porque se é a pessoa certa compreende-nos e aceita-nos como somos. E tudo o que nós lhe damos é retribuído. Nos dias maus e nos tempos difíceis, quando o "nosso cérebro pára" ela está lá e não vai embora e nós também não... Porque entrámos juntos no barco e esforçamo-nos para não o deixar afundar.
Eu acredito que duas pessoas podem ficar juntas para sempre. Se estiverem dispostas a tentar, se prestarem atenção uma à outra, se lutarem sempre por aquilo em que acreditam. Se for assim, apesar de não ser tudo um mar de rosas, teremos a nossa história de encantar.

Sou ingénua e sonhadora? Deixem-me ser... Talvez um dia mude de opinião.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Borboletas...

... no estômago. Que não aparecem na Primavera mas neste Outono. Que aparecem, sem avisar, no caminho de e para o trabalho. Que tornam o dia mais suportável, que fazem com que os índios não pareçam tão selvagens. Que nos fazem esperar ansiosamente por aquele bocadinho, que nos cativam e nos fazem andar com um sorrriso "parvo" e constante, talvez demasiado envidente. Que nos fazem querer algo mais...
Borboletas que vão acabar, inevitavelmente, em mais do mesmo, uma "desilusão", uma "amizade" e nada mais; mas é tão bom enquanto dura o encantamento.

E as saudades que eu já tinha da sensação…

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Os Princípes de Encantar

Revolta-me que em criança nos façam acreditar no Princípe das Histórias de Encantar.
Depois são só desilusões, ele não existe ou anda muito perdido de nós.
Temos que deixar de esperar o Princípe e olhar mais para quem está perto de nós?

porque...

... eu não posso andar a pensar em gajos que me desorienta o cérebro!