segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

pecados...

Sou da opinião de que qualquer que seja o erro, crime ou pecado, deve ser punido uma única vez... Determinada a punição justa e /ou adequada, cumpre-se o castigo e depois disso, seria igualmente justo prosseguir a vida a partir do ponto em que se ficou. Ou não?...

Claro que uma pessoa que erra, comete um crime ou um pecado, se tem consciência do que fez, nunca será a mesma a partir do momento em que toma essa consciência. Não será o viver com essa consciência um acrescer da punição inicial?...

Quantas vezes teremos que ser punidos pelo mesmo erro, pelo mesmo pecado?...

Não é suficiente a nossa consciência punir-nos enquanto existir?

Não é suficiente vermos as consequências dos nossos actos e sofrermos com isso?

Por que é que as pessoas magoam os outros com aquilo que as faz sofrer e não dão uma segunda oportunidade a toda a gente como aquela que julgam elas próprias merecer?

Quantas vezes teremos que pagar o mesmo pecado, o mesmo crime, o mesmo erro?...
Quantas?...

Quanto tempo teremos que esperar mais que alguém levante a maldição?...

Teremos que atingir o mesmo grau de desespero e não cair na mesma tentação da primeira vez para provarmos que merecemos a segunda oportunidade?...

5 comentários:

apmaravilhas disse...

A vida não pára porque nós queremos ou precisamos. Ela continua sempre... Não se pode partir do ponto...
Mas acho que o pior é mesmo, como tu referes, quando nos punimos a nós próprios. Deve ser isso que tem que mudar. Devemos ser nós que temos que encarar as coisas de modo diferente. Assim é incompatível ou as álgebras funcionam?!

blondie disse...

Eu concordo que temos que achar a álgebra que melhor se ajusta à nossa realidade e pararmos de nos punirmos a nós próprios.

E quando nós paramos e fazemos tudo o que está ao nosso alcance para mudar o que nos faz sofrer e nos magoa e para alcançar o que nos faz feliz e algo ou alguém nos continua a punir?

O que fazer então? Esperar até não aguentar mais?

Quando as coisas não dependem de nós, o que fazemos?
Tentei sempre o caminho da resignação... mas sou fraca de mais para me resignar a coisas que acho injustas... Não sou capaz disso... só que não sei como lutar...

Não sei se posso ou devo lutar, ou se esse desejo é por si só o grande pecado da "hybris"... mas se é possível lutar, eu também não sei como fazê-lo...

apmaravilhas disse...

Esperar até não aguentar mais não é opção. As coisas boas acontecem quando não estamos à espera. Não tens que te resignar. Tens que ser tu... E dares valor às tuas coisas a e ti própria. Porque se não deres ninguém dá!!! O resto se vier excelente. Caso contrário vive-se na mesma!!!

Azul disse...

E pergunto eu: o que é um pecado?
Eu acho que tu devias fazer aquilo a que a sociologia chama de repetição simbólica.
alguma coisa que exorcize essa coisa da tua consciência.
ás vezes sozinhos transformamos coisas pequenas em grandes monstros e temos medo de os enfrentar.

Azul disse...

E pergunto eu: o que é um pecado?
Eu acho que tu devias fazer aquilo a que a sociologia chama de repetição simbólica.
alguma coisa que exorcize essa coisa da tua consciência.
ás vezes sozinhos transformamos coisas pequenas em grandes monstros e temos medo de os enfrentar.